O ministro de Economia
Luis de Guindos acaba de anunciar que Espanha pedirá uma ajuda
financeira à Europa especificamente para o sector financeiro. Frisou, em
conferência de imprensa na sede do Ministério da Economia, que não se
trata de um pedido de resgate ao país e que o risco soberano ficará
afastado desta ajuda.
A ajuda financeira será operada através de um
intermediário, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), que
contrairá empréstimos junto do Fundo Europeu de Estabilização Financeira
ou do Mecanismo Europeu de Estabilização (que entrará em vigor em
julho), e que, por sua vez, injetará o financiamento para
recapitalização nos bancos que o necessitem, o que deverá representar
30% do sistema financeiro.
O montante máximo envolvido, os juros e condições são
"muito favoráveis", afirmou o ministro, que adiantou que os detalhes
serão anunciados pelo comunicado do Eurogrupo que será divulgado ainda
hoje.
Guindos considerou que "o montante máximo" que vai ser
anunciado pelo Eurogrupo é "credível" e que é "gerível". Trata-se de um
montante com "uma margem de segurança adicional". [O comunicado do
Eurogrupo aponta para 100 mil milhões de euros].
No entanto, as necessidades concretas de
recapitalização só serão apuradas depois de finalizadas as auditorias
independentes pedidas pelo governo espanhol, que só deverão ser
concluídas em julho. A 21 de junho esperam-se as primeiras avaliações.
Nenhum condicionalismo macroeconómico ou orçamental foi
colocado neste plano, mas apenas condicionalismos junto do sector
financeiro, frisou Luis de Guindos, que acentua o marketing político do
governo espanhol de que não se trata de um pedido de resgate, como o
foram os casos da Grécia, Irlanda e Portugal.
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