quinta-feira, 7 de junho de 2012

Humberto Coelho: "Exigimos respeito"


O vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Humberto Coelho, reagiu, esta quinta-feira, às críticas feitas por Manuel José e Carlos Queiroz. O dirigente pediu união em torno da equipa das Quinas e revelou que os impostos relativos aos prémios dos jogadores vão ser pagos, na sua totalidade, em Portugal, garantindo ainda que os portugueses não terão de pagar um cêntimo dos custos com a presença da selecção na Polónia e na Ucrânia.
 
foto António M. Simões/Global Imagens
Humberto Coelho: "Exigimos respeito"
Humberto Coelho
 
Humberto Coelho começou por ler uma declaração, na qual negou as críticas que têm sido feitas à forma como Portugal tem preparado o Europeu, depois de Manuel José e Carlos Queiroz terem falado do "circo em torno da selecção". "O planeamento foi feito há bastante tempo em conjunto pela estrutura da FPF e pela equipa técnica. Só tivemos folgas a seguir aos jogos, o que é normal em qualquer equipa, e sobre as festas, quero lembrar que só houve a de despedida, em Óbidos. Depois visitámos a Fundação Champalimaud para homenagear todos os que lutam contra o cancro e visitámos o Presidente da República, uma mostra do respeito que temos pela Pátria. Nós compreendemos e aceitamos as críticas, que fazem parte do futebol, mas exigimos respeito, sobretudo por parte de quem faz parte da família do futebol", disse.
Sem querer individualizar as palavras de Manuel José e Carlos Queiroz, o vice-presidente da FPF pediu que se fale mais de futebol: "A dois dias do início de um Europeu é importante a união e, em meu nome pessoal, quero realçar esse pedido. Não podemos ter a certeza que vamos ganhar - essa é a beleza do futebol -, mas temos a certeza da determinação que vamos pôr em campo. Se ganharmos à Alemanha, vamos ganhar todos: a festa vai ser nossa".
Sobre os custos com a presença de Portugal na Polónia e na Ucrânia, Humberto Coelho não deixou margem para dúvidas: "Fala-se do preço do hotel aqui em Opalenica, mas quero dizer que o que pagamos aqui na Polónia é inferior ao que pagámos no último Mundial e no último Europeu. Os impostos dos prémios, por objectivos, aos jogadores vão ser pagos em Portugal e convém relembrar que tudo o que se paga - viagens, prémios e hotel - neste Europeu sai do dinheiro que vem do bolo que a UEFA paga pela presença da selecção. Não há custos para os portugueses, pelo contrário: servem para ajudar o Estado".
Uma das críticas feitas por Manuel José prendia-se com o facto de os jogadores se apresentarem no estágio com carros caros, revelando ostentação num período de crise, e Humberto Coelho não deixou de responder: "Os jogadores ganham muito dinheiro e toda a gente sabe disso. Pagam os seus impostos e podem ter bons carros. É bom termos pessoas ricas ao nosso lado, porque pagam mais impostos e ajudam os cofres do Estado".
Garantindo que a seleção tem "todas as condições" para conseguir bons resultados, o dirigente federativo lembrou o que a sleção já fez pelo país: "Temos de ser mais positivos, porque nos últimos 15 anos estivemos no topo do futebol europeu e mundial. A seleção ajudou à autoestima dos portugueses e é por empatarmos um jogo e perdermos outro que deitamos tudo fora? Se a Alemanha for melhor e ganhar, vamos dar os parabéns, mas tudo faremos para que isso não aconteça. Temos de acreditar nos treinadores e nos jogadores. Vamos acreditar".

JN

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