sábado, 9 de junho de 2012

Espanha vai pedir ajuda para os bancos

O ministro de Economia Luis de Guindos acaba de anunciar que Espanha pedirá uma ajuda financeira à Europa especificamente para o sector financeiro. Frisou, em conferência de imprensa na sede do Ministério da Economia, que não se trata de um pedido de resgate ao país e que o risco soberano ficará afastado desta ajuda.
Luis de Guindos anunciou que Espanha precisará de assistênciaA ajuda financeira será operada através de um intermediário, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), que contrairá empréstimos junto do Fundo Europeu de Estabilização Financeira ou do Mecanismo Europeu de Estabilização (que entrará em vigor em julho), e que, por sua vez, injetará o financiamento para recapitalização nos bancos que o necessitem, o que deverá representar 30% do sistema financeiro.
O montante máximo envolvido, os juros e condições são "muito favoráveis", afirmou o ministro, que adiantou que os detalhes serão anunciados pelo comunicado do Eurogrupo que será divulgado ainda hoje.
Guindos considerou que "o montante máximo" que vai ser anunciado pelo Eurogrupo é "credível" e que é "gerível". Trata-se de um montante com "uma margem de segurança adicional". [O comunicado do Eurogrupo aponta para 100 mil milhões de euros].
No entanto, as necessidades concretas de recapitalização só serão apuradas depois de finalizadas as auditorias independentes pedidas pelo governo espanhol, que só deverão ser concluídas em julho. A 21 de junho esperam-se as primeiras avaliações.
Nenhum condicionalismo macroeconómico ou orçamental foi colocado neste plano, mas apenas condicionalismos junto do sector financeiro, frisou Luis de Guindos, que acentua o marketing político do governo espanhol de que não se trata de um pedido de resgate, como o foram os casos da Grécia, Irlanda e Portugal.

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