quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lisboa prova ganhos pela primeira vez na semana

Galp, Jerónimo Martins e banca colocaram PSI 20 em zona positiva pela primeira vez esta semana. Europa também respirou fundo e ganhou 1% 


A Europa viveu hoje um dia positivo, depois de ontem ter registado a maior queda num mês. As bolsas de Paris, Madrid e Itália avançaram hoje mais de 1%, corrigindo assim de forma parcial as perdas de ontem. Lisboa também subiu, mas a relativa distância das pares europeias: ganhou 0,2% para 4.596,52 pontos, na primeira sessão positiva da semana. A Grécia continua na ordem do dia, os receios de saída do euro mantêm-se, mas a cimeira de líderes de ontem não trouxe nenhuma decisão nesse campo. Os mercados aproveitaram o dia de hoje para recuperar fôlego, impulsionados também pelos bons resultados empresariais que foram saindo.

"Tivemos um pré-ensaio daquilo que irá acontecer na cimeira que se realizará algures em Junho, após as eleições na Grécia", explicou João Queiroz, da GoBulling, ao Etv. "Há consenso em torno de crescimento, só não há acordo em torno das formas que levarão a esse crescimento", acrescentou.

Fora dos mercados accionistas, o dia está também a ser mais tranquilo. As ‘yields' associadas à dívida espanhola desciam em todos os prazos acima da maturidade de dois anos. Também a dívida alemã, activo de refúgio, seguia estável, depois de ontem tere caído para mínimos históricos, após um leilão a dois anos em que Berlim pagou um juro quase nulo para se financiar em 4,6 mil milhões de euros.

"Por que compram obrigações com uma taxa real negativa? Tem sobretudo a ver com esta incerteza em torno da Grécia, qual o impacto que pode ter uma saída do euro, a capacidade do BCE para fazer face a esse impacto, e as consequências de corrida aos depósitos que pode acontecer. É visto como activo de refúgio", explicou João Queiroz.

No mercado cambial, o euro seguia inalterado nos 1,2583 dólares. Já o ‘brent', referência para as importações nacionais, subia 1% para 106,52 dólares por barril, sustentado pelo impasse nas negociações com o Irão.

Por Lisboa, destaque para os títulos da Galp, Jerónimo Martins e banca. A petrolífera nacional avançou 2,4% para 9,85 euros, ao mesmo tempo que a retalhista nacional valorizou 0,48%. BES, BPI e BCP acompanharam com ganhos entre 0,85% e 1%. No total, 14 cotadas fecharam em alta.

Pela negativa, destaque para a EDP e EDP Renováveis, que cederam 1,14% e 0,93%, respectivamente, na primeira reacção ao Plano de Negócios apresentado ontem para os próximos três anos. Entre 2012 e 2015, a EDP pretende distribuir um dividendo anual equivalente entre 55% a 65% do seu resultado líquido recorrente. Além disso, a EDP estima apresentar um crescimento médio anual na ordem dos 5%. Mexia admitiu também que a Renováveis poderá sair da bolsa depois de 2012.

Última nota para a Zon, que encerrou inalterada nos 2,115 euros, depois de ontem ter informado o mercado que vai emitir 100 milhões de euros em obrigações a 3 anos com juro de 6,85%, para refinanciar dívida de curto-prazo.

Nenhum comentário: