Galp, Jerónimo Martins e banca colocaram PSI 20 em zona positiva
pela primeira vez esta semana. Europa também respirou fundo e ganhou 1%
A Europa viveu hoje um dia positivo, depois de ontem ter registado a
maior queda num mês. As bolsas de Paris, Madrid e Itália avançaram hoje
mais de 1%, corrigindo assim de forma parcial as perdas de ontem.
Lisboa também subiu, mas a relativa distância das pares europeias:
ganhou 0,2% para 4.596,52 pontos, na primeira sessão positiva da semana.
A Grécia continua na ordem do dia, os receios de saída do euro
mantêm-se, mas a cimeira de líderes de ontem não trouxe nenhuma decisão
nesse campo. Os mercados aproveitaram o dia de hoje para recuperar
fôlego, impulsionados também pelos bons resultados empresariais que
foram saindo.
"Tivemos um pré-ensaio daquilo que irá acontecer na
cimeira que se realizará algures em Junho, após as eleições na Grécia",
explicou João Queiroz, da GoBulling, ao Etv. "Há consenso em torno de
crescimento, só não há acordo em torno das formas que levarão a esse
crescimento", acrescentou.
Fora dos mercados accionistas, o dia
está também a ser mais tranquilo. As ‘yields' associadas à dívida
espanhola desciam em todos os prazos acima da maturidade de dois anos.
Também a dívida alemã, activo de refúgio, seguia estável, depois de
ontem tere caído para mínimos históricos, após um leilão a dois anos em
que Berlim pagou um juro quase nulo para se financiar em 4,6 mil milhões
de euros.
"Por que compram obrigações com uma taxa real
negativa? Tem sobretudo a ver com esta incerteza em torno da Grécia,
qual o impacto que pode ter uma saída do euro, a capacidade do BCE para
fazer face a esse impacto, e as consequências de corrida aos depósitos
que pode acontecer. É visto como activo de refúgio", explicou João
Queiroz.
No mercado cambial, o euro seguia inalterado nos 1,2583
dólares. Já o ‘brent', referência para as importações nacionais, subia
1% para 106,52 dólares por barril, sustentado pelo impasse nas
negociações com o Irão.
Por Lisboa, destaque para os títulos da
Galp, Jerónimo Martins e banca. A petrolífera nacional avançou 2,4% para
9,85 euros, ao mesmo tempo que a retalhista nacional valorizou 0,48%.
BES, BPI e BCP acompanharam com ganhos entre 0,85% e 1%. No total, 14
cotadas fecharam em alta.
Pela negativa, destaque para a EDP e
EDP Renováveis, que cederam 1,14% e 0,93%, respectivamente, na primeira
reacção ao Plano de Negócios apresentado ontem para os próximos três
anos. Entre 2012 e 2015, a EDP pretende distribuir um dividendo anual
equivalente entre 55% a 65% do seu resultado líquido recorrente. Além
disso, a EDP estima apresentar um crescimento médio anual na ordem dos
5%. Mexia admitiu também que a Renováveis poderá sair da bolsa depois de
2012.
Última nota para a Zon, que encerrou inalterada nos 2,115
euros, depois de ontem ter informado o mercado que vai emitir 100
milhões de euros em obrigações a 3 anos com juro de 6,85%, para
refinanciar dívida de curto-prazo.
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