ARTE DE ROUBAR
TRAILLER DO FILME
Dois homens dentro de um carro. Um deles, vestido de toureiro, está a sangrar. O outro leva na mão uma orelha conservada entre dois gelados. Palavrões. Um golpe que tinha tudo para ser perfeito mas que correu mal. Flashback para contar como foi. Podia ser Pulp Fiction mas é A Arte de Roubar, o novo filme de Leonel Vieira, que se estreia esta quinta-feira. Totalmente falado em inglês, trata-se de uma comédia negra que tem como protagonistas dois pequenos criminosos que estão prestes a cometer a golpada da sua vida e sonham em ser milionários.
Leonel Vieira não esconde as influências. Os irmãos Coen (sobretudo com Fargo) e Tarantino são os nomes evocados: "Sempre disse que gostaria de fazer este tipo de filme." Aos Coen foi buscar todo o lado da comédia das personagens, aqueles criminosos trapalhões, e uma violência que roça o absurdo. De Tarantino herdou também a violência explícita e o humor da narrativa - a paródia aos filmes de acção é evidente.
Numa conferência de imprensa que reuniu grande parte da equipa, Leonel Vieira contou como tudo começou: "Quero fazer um filme que começa com dois gajos dentro de um carro no meio do deserto", disse, há cerca de seis anos, ao argumentista João Quadros. De então para cá, o realizador tem vindo a desenvolver aquele que é talvez o seu projecto mais pessoal: "Ninguém quis produzir este filme e a [produtora] StoplineFilmes foi criada por causa dele", explicou, sublinhando que o projecto custou cerca de dois milhões de euros e que, por causa dos efeitos especiais, a pós-produção prolongou-se por onze meses. "Este é um filme muito complexo e muito caro para Portugal."A ideia inicial era contar a história de dois emigrantes - um português (Ivo Canelas) e um espanhol (Enrique Arce) a viverem nos Estados Unidos ou expatriados para a sua terra natal - e por isso fazia sentido pô-los a falar inglês. Depois, uma vez que o elenco era composto por portugueses (Soraia Chaves, Nicolau Breyner), espanhóis (Flora Martinez) e até brasileiros, Leonel Vieira decidiu assumir "como convenção" que todas as personagens, até mesmo as secundárias, iriam falar inglês. Cada um fala com o seu próprio sotaque, sem pretensões de enganar ninguém, e, apesar de facilmente localizarmos a acção em Portugal, a ideia é que a história seja universal. Afinal, como diz Leonel Vieira, as lezírias do Ribatejo (onde decorreu a rodagem) até são parecidas com o deserto do Texas. "O importante aqui são as personagens, não o lugar."Só o facto de o filme ser falado em inglês já fez com que despertasse o interesse no mercado internacional, revela Leonel Vieira. O que o leva a acreditar que A Arte de Roubar "vai vender internacionalmente mais do que qualquer filme português vendeu até hoje".
2 comentários:
Grande filmaço, já vi e adorei.
Vão ver também...APOIEM O CINEMA NACIONAL
Queria informar da existência de mais um blog sobre Freamunde. Tudo de desporto, cultura e lazer de Freamunde. Visitem e deixem comentários.
http://freamundenews.blogspot.com
Postar um comentário