Filme português "Corrupção"

Assisti ontem à estreia do filme nacional baseado no livro de Carolina Salgado, e para ser sincero, não gostei muito, apesar de até gostar bastante do cinema moderno português. Penso que o argumento não prende o espectador, desiludiu-me um pouco, embora aconselhe as pessoas a irem ver, quanto mais não seja para terem a noção do poder que Pinto da Costa tem não só no futebol mas em tudo que rodeia.

A opinião dos portugueses parece que não é melhor segundo o Diário de Noticias:

'Corrupção' não convence portuenses

"Filme baseado no livro de Carolina Salgado fica aquém das expectativas
O filme Corrupção, inspirado no livro de Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, não convenceu os portuenses que o viram, ontem à tarde, num dos cinemas do Norteshopping, em Matosinhos. Argumento "fraco" e interpretação "medíocre" disseram alguns dos espectadores. Mas houve também quem ficasse "impressionada com o mundo violento do nosso futebol".

Da sala, com capacidade para 476 pessoas, nem uma quarta parte ficou lotada na primeira sessão de ontem de Corrupção, uma adaptação de Eu, Carolina, interpretado por Nicolau Breyner, Margarida Vila-Nova, António Cerdeira e Ruy de Carvalho, entre outros actores. No final da sessão, em seis espectadores ouvidos pela DN, apenas um ficou plenamente satisfeito com a obra. "Gostei, é interessante o trabalho dos actores, principalmente o desempenho de Margarida Vila-Nova", realça Filipa Oli- veira, uma jovem de Santo Tirso.Com este filme, Filipa, que se diz adepta do FC Porto, ficou a "conhecer o mundo violento do futebol". Não tinha lido o livro de Carolina Salgado, e gostou de "saber a história" agora no cinema. Pelo menos um dos espectadores não resistiu aos cerca de 105 minutos de duração do filme. Pouco antes do fim já estava de saída: "Acho aquilo muito fraco, não tem substância", disse, sem querer identificar-se.

Gonçalo Arnault, outro jovem - a maioria dos espectadores que ontem viu a primeira sessão do filme era jovem -, tinha "expectativas elevadas" quando entrou na sala; saiu, contudo, desapontado. "Argumento muito fraco, as personagens e a interpretação também" - no seu conjunto, "é um filme não conseguido e pouco empolgante". O enredo de Corrupção pouco ou quase nada surpreendeu José Carlos Silva, porque, lembra, "as pessoas já sabem mais ou menos isso: olham para o futebol, e os seus jogos de influência, desta maneira". Este espectador, benfiquista, achou razoável o desempenho dos actores. E não tinha lido Eu, Carolina - escrito pela ex-companheira de Jorge Nuno Pinto da Costa - onde são feitas denúncias de alegados casos de corrupção no futebol português."